Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica
Código
0105974Créditos ECTS
3Objetivos
Objetivos
1 – Desenvolver conhecimentos sobre estratégias promotoras de saúde mental e de prevenção da doença mental a nível do indivíduo, família, comunidade, tendo por base as transições no ciclo de vida;
2 – Desenvolver conhecimentos sobre cuidados de enfermagem gerais e globais a prestar à pessoa com perturbações mentais e psicossociais integrada na sua família/comunidade.
Competências a desenvolver
A unidade curricular contribui com conhecimentos e capacidades para o desenvolvimento de competências esperadas para o licenciado em Enfermagem pela Universidade dos Açores (Cf. https://cutt.ly/ag7ifqt), de competências: Instrumentais – 1, 2, 3, 4, 6, 9 & 12; Interpessoais – 13, 14, 18 & 19; Sistémicas – 22 & 23; do Enfermeiro de Cuidados Gerais/Ordem dos Enfermeiros – A2 - 7, 14, 15; B1 - 22, 23, 26, 30; B2 - 32, 34, 36, 37, 38; B3 - 44, 45, 46; B5 - 70; C3 - 93.
Programa
1 - Objetivos:
1.1 – Desenvolver conhecimentos sobre estratégias promotoras de saúde mental e de prevenção da doença mental a nível do indivíduo, família, grupos e comunidade, tendo por base as transições no ciclo de vida;
1.2 – Desenvolver conhecimentos sobre cuidados de enfermagem gerais e globais a prestar à pessoa com perturbações mentais e/ou com problemas psicossociais integrada na sua família/grupo/comunidade.
2 - Conteúdos:
2.1- Evolução histórica da psiquiatria e de enfermagem de saúde mental e psiquiátrica.
2.2- Promoção da saúde mental: uma prioridade de saúde pública em Portugal - Conceitos e determinantes.
2.3- Intervenções de enfermagem com a pessoa e sua família, com:
2.3.1- Perturbações do humor;
2.3.2- Perturbações de ansiedade;
2.3.3- Perturbações do comportamento alimentar;
2.3.4- Perturbações da sexualidade e identidade do género;
2.3.5- Perturbações psicóticas – esquizofrenia;
2.3.6- Perturbações relacionadas com o consumo de substâncias;
2.3.7- Perturbações cognitivas – delirium;
2.3.8- Urgências psiquiátricas.
2.4- Intervenções terapêuticas:
2.4.1- Relação/comunicação terapêutica;
2.4.2- Direitos e consentimento informado;
2.4.3- Estratégias minimizadoras dos estigmas das doenças mentais;
2.4.4- Atividades ocupacionais terapêuticas;
2.4.5- Técnicas de relaxamento (treino de relaxamento progressivo e massagem);
2.4.6- Adesão ao tratamento (farmacoterapia, psicoterapia, entre outras) e a reabilitação psicossocial;
2.4.7- Das prescrições das intervenções de enfermagem à avaliação de resultados - avaliação do estado mental (escalas).
2.5- Organização dos serviços de saúde mental - recursos da comunidade.
2.6- Políticas regionais, nacionais e internacionais para a saúde mental - Orientações Programáticas.
Métodos de Ensino
Baseados nos princípios de educação e formação de adultos e na filosofia que fundamenta o Processo de Bolonha, a metodologia utilizada implicará a coresponsabilização do estudante e a sua participação ativa ao longo desta etapa do seu processo de formação. Para tal serão auscultados os estudantes sobre os conteúdos a abordar, as metodologias de ensino e de avaliação a utilizar, pelo que as expressas neste programa poderão sofrer alterações. No entanto, prevê-se a utilização dos métodos expositivo e demonstrativo, de resolução de problemas, com recurso a estudo de casos, a trabalhos de grupo, entre outros, tendo por base estudo orientado. Será estimulado o diálogo, a exposição de opiniões, a autorreflexão e a realização de análises críticas relacionadas com os focos de intervenção definidos, de modo a estimular o raciocínio crítico e contribuir para o desenvolvimento das competências identificadas.
As primeiras sessões letivas, de natureza conceptual são de natureza expositiva e exploratória das temáticas. As competências clínicas serão promovidas, nomeadamente a partir da realização de trabalhos de grupo e nas aulas práticas, nas quais será dado ênfase a algumas estratégias de intervenção terapêutica.
Pretende-se promover a sensibilização do estudante para a promoção da saúde mental, prevenção e tratamento das perturbações mentais e psicossociais, que adquira uma imagem desmistificada da pessoa com perturbação mental e/ou comportamental e que compreenda a importância das suas atitudes como instrumento terapêutico. A abordagem das diferentes situações será feita numa perspetiva integral e personalizada, tendo em consideração a multicausalidade, as diversas hipóteses de abordagem, a complementaridade, a possibilidade de reintegração na família e na sociedade e o papel das redes sociais de apoio.
Recorrer-se-á a atividades de aprendizagem com recurso a testemunhos (presença física, filmes, entre outros), artigos, estudos, entre outros, para análise/discussão, disponibilizados em suporte de papel, informático, bibliográfico, base de dados, entre outros. Estas serão complementadas através de estudo orientado para atividades não presenciais realizadas no período de estudo autónomo.
Bibliografia
Castro, C. & Rosiani, J. (2020). Enfermagem em saúde mental e psiquiátrica – Desafios e possibilidades do novo contexto do cuidar. S. Paulo, Appris.
Conselho Internacional de Enfermeiros (2001). Saúde mental: lidar com os desafios. Geneve, CIE.
Conselho Nacional de Saúde (2019). Sem mais tempo a perder – Saúde mental em Portugal: um desafio para a próxima década. Lisboa: CNS.
Jornal Oficial da União Europeia (2005). Diretiva 2005/36/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais. JOUE.
OMS (2022). ONU News - Perspetiva Global Reportagens Humanas. ONU, disponível em 1 bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental, afirma OMS | ONU News
Ordem dos Enfermeiros, Regulamento n.º 613/2022, de 8 de julho, Regulamento que define o ato do enfermeiro. Diário da República, 2.ª série, N.º 131, Pág. 179.
Paulino, M. & Dumas-Diniz, R. (2020). A Psicologia da Pandemia. Lisboa, Pactor.
Sampaio, F. & Sequeira, C. (2020). Enfermagem em saúde mental - diagnósticos e intervenções. Porto, LIDEL.
Secretaria Regional de Saúde (2018). Plano Regional de Saúde 2014-2016 - Extensão a 2020. SRS, Região Autónoma dos Açores.